O recente conflito envolvendo Mari Maria e Larissa Manoela reacende a importância do registro formal de marcas no ambiente digital e físico e como a tecnologia e o uso intenso das redes sociais podem potencializar disputas de identidade visual. A partir de um eventual uso compartilhado de símbolos parecidos, como a coroa que ambas adotaram em suas marcas, o episódio evidencia os desafios legais e mercadológicos de quem se expõe publicamente. A disputa coloca em debate até que ponto o investimento em imagem e estratégia de branding deve ser protegido juridicamente para evitar confusões e para garantir que direitos de exclusividade sejam respeitados.
Com o crescimento de influenciadores, criadores de conteúdo e artistas que transformam seus nomes e símbolos em marcas, a interseção entre tecnologia, visibilidade e propriedade intelectual se torna crítica. Ferramentas digitais, redes sociais e plataformas de e-commerce permitem transformar reputação e estética pessoal em produto, serviço ou linha comercial. Mas essa conversão requer cautela: sem o registro adequado, o risco de que essas identidades visuais sejam contestadas ou copiadas cresce. O embate entre Mari Maria e Larissa Manoela serve como alerta de que popularidade não substitui garantias legais.
No Brasil, o registro de marca passa pelo órgão competente, que avalia se a identidade visual, nome ou símbolo atendem aos requisitos de distintividade e originalidade. A marca registrada garante ao seu titular o uso exclusivo no território nacional dentro da classe de atividade declarada, impedindo que terceiros utilizem expressão ou símbolo idêntico ou muito semelhante. Em um mercado saturado e com circulação intensa de conteúdo digital e produtos associadas a personalidades, essa proteção legal se torna ainda mais importante.
Quando personalidades como Mari Maria e Larissa Manoela lidam com cosméticos, moda ou produtos próprios, a marca representa valor imaterial — reputação, confiança e reconhecimento do público. Esse patrimônio pode ser comprometido se não houver registro formal e vigilância sobre imitações. A tecnologia, ao contribuir para rápida criação de marcas e ampla divulgação, também expõe riscos: designs podem ser copiados, logos replicados, e a ausência de registro coloca o titular original em desvantagem. Disputas como a atual demonstram que sem amparo legal, popularidade não é garantia de exclusividade.
Além disso, o uso de tecnologia para comércio digital, redes sociais e marketing de influência intensifica a necessidade de clareza sobre propriedade intelectual. Quando marcas pessoais se transformam em negócios, cada detalhe — nome, logo, símbolo, identidade visual — precisa ser cuidadosamente registrado e protegido. Essa segurança jurídica não serve apenas para prevenir disputas, mas também para garantir credibilidade diante de consumidores e parceiros de negócio. O caso dessa disputa mostra que o crescimento digital exige planejamento e responsabilidade.
Para pequenos empresários, criadores de conteúdo ou marcas emergentes, o aprendizado é claro: registrar a marca no órgão competente desde o início é essencial para evitar problemas futuros. A proteção legal evita que terceiros se beneficiem indevidamente da reputação construída e garante exclusividade de uso. Empreendimentos que ignoram essa etapa correm o risco de ver seu trabalho contestado, ter sua identidade visual apropriada ou enfrentar disputas judiciais custosas. Em um mercado onde visibilidade e imagem são valiosos, a formalização legal é um passo estratégico.
Por outro lado, a disputa entre nomes como Mari Maria e Larissa Manoela evidencia que nem sempre os símbolos superficiais — como uma coroa ou um estilo de logo — garantem automaticamente proteção. Elementos genéricos ou de uso comum têm grau de distintividade menor, e o simples uso repetido nas redes não é suficiente para garantir exclusividade. Isso significa que, mesmo investindo em alcance e branding, é fundamental que o registro contemple a totalidade da marca — nome, logomarca, setor de atuação — para evitar ambiguidade. A tecnologia ajuda a divulgar, mas não substitui a formalização.
Em síntese, o caso entre Mari Maria e Larissa Manoela revela como a convergência de tecnologia, redes sociais, mercado de influência e varejo torna o registro de marcas mais relevante do que nunca. A visibilidade pode trazer sucesso, mas sem respaldo legal a reputação pode estar em risco. Para quem atua na internet, cria produtos ou imagina expandir sua presença, a lição é clara: transformar reputação em marca exige planejamento, proteção e consciência de que identidade visual é patrimônio.
Autor: Mikesh Wys
